A Saúde Pública é tema delicado na atualidade. Muitos municípios e estados estão sofrendo com a precariedade do setor, o que afeta, também, e diretamente a taxa de mortalidade infantil brasileira. Estudo da Organização Mundial de Saúde indica que, dos cerca de 5,5 mil municípios, mais de mil registraram mortalidade infantil de até cinco óbitos para cada mil crianças nascidas vivas em 2013, enquanto em 32 cidades a taxa superava 80 óbitos para cada mil nascidas vivas.
Para discutir o assunto, o programa Fórum, da TV Justiça, convidou a advogada do escritório Jacoby Fernandes & Reolon Advogados Associados – JFR/AA e especialista em Saúde Pública, Melanie Peixoto, que pode explicar um pouco sobre a legislação para a área. Segundo a especialista, a queda no número de mortes em crianças foi importante, mas está longe do ideal. “É dever do Estado oferecer qualidade de vida para as crianças. Resolver problemas de saúde pública, saneamento básico, a disparidade socioeconômica, dentre outros fatores. É preciso uma política efetiva de enfrentamento à mortalidade infantil. Os índices são inaceitáveis”, avaliou.
A queda na mortalidade infantil no Brasil tem reflexos na reputação do país no exterior. “O país consegue ser visto sob outra ótica quando estabelece metas e as cumpre com rigor. Os outros países nos veem com bons olhos”, explica Melanie Peixoto. Desenvolver políticas de prevenção à mortalidade é uma medida importante para enfrentar, em curto prazo, essa problemática. “A preocupação hoje é fazer hospitais, investir na estrutura em alguns lugares, mas é preciso ter bons programas de prevenção. Esse é o melhor caminho”, observa a especialista.
O programa foi ao ar no dia 9 de abril, mas está disponível no link a seguir: https://www.youtube.com/channel/UCKGm9DD7uEShjHd4jfSLSVw